'Missão: Impossível - O acerto final' corre mais riscos e paga o preço por isso; g1 já viu

  • 21/05/2025
(Foto: Reprodução)
Oitava aventura estrelada por Tom Cruise encerra trama iniciada em 'Acerto de Contas'. Filme que estreia nesta quinta-feira (22) retoma situações e personagens dos episódios anteriores e traz novos elementos. Quase dois anos depois do lançamento de "Missão: Impossível - Acerto de Contas" (que teve a "parte 1" do título retirada por causa da recalculada de rota devido à bilheteria abaixo do esperado), Tom Cruise volta a se arriscar como poucos no cinema atual com "Missão: Impossível - O Acerto Final", que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (22). O oitavo filme da franquia de espionagem mirabolante busca retomar sua popularidade, com mais sequências de ação insanas e uma trama que, mesmo bastante surreal, tenta intrigar o público e se mostrar um pouco mais complexa do que as mais recentes da série. Só que tudo no longa é um pouco exagerado demais, tanto em sua história quanto em sua duração, o que pode desagradar até os fãs mais apaixonados da saga. Depois dos eventos mostrados em "Acerto de Contas", Ethan Hunt (Cruise) e seus companheiros vivem de forma clandestina e fora do radar. Mas isso não dura muito tempo porque a ex-diretora da CIA e atual presidente dos EUA, Erika Sloane (Angela Bassett), pede para que o agente volte à ativa para ajudá-la a impedir o avanço da Entidade, a inteligência artificial que surgiu no episódio anterior. Ainda mais poderosa, a I.A. tem como plano dominar as armas nucleares do planeta, o que pode gerar o fim do mundo. Assista ao trailer do filme "Missão: Impossível - O Acerto Final" Assim, Ethan e seus parceiros Luther (Wing Rhames), Benji (Simon Pegg), Grace (Hayley Attwell) e os novatos Degas (Greg Tarzan Davis) e a ex-vilã Paris (Pom Klementieff) partem numa corrida contra o tempo para conter a ameaça virtual, antes que o pior aconteça para a Terra. Só que o espião terá que lidar com vários obstáculos, como seu ex-superior Kitteridge (Henry Czerny) e o rival Gabriel (Esai Morales), que também tem planos para a Entidade. Jogos de Guerra 2.0 Se em "Acerto de Contas", a história nitidamente se inspirou em "O Exterminador do Futuro" para a criação de seu vilão, uma espécie de primo não muito distante da Skynet, em "Acerto Final", a inspiração vem de outro hit da década de 1980. Desta vez, o escolhido foi "Jogos de Guerra", estrelado por Matthew Broderick muito antes de se tornar famoso como Ferris Bueller. Neste longa, um programa de computador (um tipo de "avô" das inteligências artificiais dos dias de hoje) entra no sistema de defesa dos EUA e quase causa a Terceira Guerra Mundial. E é exatamente isso que acontece (com algumas atualizações, claro, como o uso de fake news para causar um colapso na política mundial) na oitava parte das aventuras do espião imortalizado por Cruise. Para dar um peso maior a toda a história, o filme ganhou um roteiro mais "sério", com mais diálogos expositivos e com muitas partes bastante detalhadas, para que o público não se confunda com o que está se desenrolando na tela. Ethan Hunt (Tom Cruise, ao centro) lidera sua equipe para impedir o fim do mundo em 'Missão: Impossível - O Acerto Final' Divulgação A iniciativa é boa e louvável, já que a ação desenfreada estava ganhando muito mais espaço na franquia, deixando tudo muito descartável (mesmo sendo emocionante). Só que o filme ficou longo e inchado demais com isso. O diretor Christopher McQuarrie, comandando tudo pela quarta vez na série e co-autor do roteiro (ao lado de Erik Jendresen, que também co-escreveu o sétimo filme), não conseguiu dessa vez encontrar um equilíbrio mais aceitável, como obteve anteriormente. Especialmente em "Missão: Impossível - Efeito Fallout", para muitos um dos melhores da série. Assim, o longa alterna momentos empolgantes, entremeados por sequências arrastadas e que demoram muito para chegar aos finalmentes. Talvez uma edição mais polida de Eddie Hamilton (que fez ótimos trabalhos em "Fallout" e "Top Gun: Maverick") pudesse cortar melhor o que parece desnecessário e tirasse a impressão de que o filme é mais longo do que deveria. O roteiro também poderia trabalhar melhor as (poucas) reviravoltas e as referências de outros filmes da saga que são inseridos no meio da trama e que deve causar um sorriso no rosto dos fãs que se ligam nos mínimos detalhes dos longas. Só que nem tudo funciona a contento e pode passar batido por muitos espectadores. Um bom exemplo disso é a revelação da identidade de um personagem, que tem uma ligação com alguém icônico da série, e que é jogada de qualquer jeito e que não muda em absolutamente nada o enredo. Se fosse descartada, essa referência não faria a menor diferença, o que soa como uma boa ideia desperdiçada. Ethan Hunt (Tom Cruise) arrisca sua vida num mergulho em alta profundidade em 'Missão: Impossível - O Acerto Final' Divulgação No céu, no mar, na terra... Mesmo com esses deslizes, "Missão: Impossível - O acerto final" não chega a ser uma grande decepção e mantém o bom nível de todos os filmes da franquia. Principalmente por causa de sua principal razão de existir: Tom Cruise. O astro, do alto dos seus 63 anos, continua a impressionar com seu vigor para fazer cenas arriscadas sem a ajuda de dublês, o que tornou o grande atrativo para as histórias estreladas por Ethan Hunt. Isso faz muita gente ir aos cinemas para ver a próxima maluquice que ele resolveu fazer e, dessa vez, não será diferente. Nesta oitava parte, Cruise se arrisca em cenas aquáticas em grande profundidade no alto mar para entrar e sair de um submarino e, lá pelas tantas, precisa lidar com uma série de dificuldades que vão surgindo em seu percurso. A sequência, que já deixaria quem não gosta muito de mergulhar incomodado, perturba ainda mais com a sensação de que o ator se esforçou além do seu limite, gerando um resultado incrível, que só não é melhor por causa de um detalhe que soa inverossímil demais até para a franquia "Missão: Impossível". Ethan Hunt (Tom Cruise) faz uma manobra ariscada em 'Missão: Impossível - O Acerto Final' Divulgação Mas o melhor momento do filme está mesmo numa sequência aérea em que Cruise precisa enfrentar os vilões em dois aviões bimotores sem nenhum tipo de apoio. Assim, vemos o astro se segurando para não cair, enquanto as aeronaves fazem diversas e arriscadas manobras em pleno ar. A vertigem é inevitável e deixa todo muito na maior apreensão, de uma maneira realmente formidável e certamente vai fazer o público se sentir recompensado. Com um bom elenco de apoio, em destaque Simon Pegg, Hayley Attwell e Angela Bassett, "Missão: Impossível - Acerto Final" não chega a ser o melhor da série, mas pode-se dizer que foi o que teve mais vontade de se arriscar, mesmo nem sempre acertando. Pode ser que a franquia acabe aqui. Mas, se fizer tanto sucesso quanto a maioria dos outros capítulos, certamente virão mais no futuro. De preferência com Cruise sempre deixando todo mundo de boca aberta com as maluquices que ele adora fazer para alegrar o público. E salvar o mundo no processo. Pelo menos no cinema. Cartela resenha crítica g1 g1

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/g1-ja-viu/noticia/2025/05/21/missao-impossivel-o-acerto-final-corre-mais-riscos-e-paga-o-preco-por-isso-g1-ja-viu.ghtml


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